Os satélites Starlink da SpaceX

 

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Os satélites Starlink da SpaceX estão realizando um número crescente de manobras para evitar colisões com outras espaçonaves em órbita, de acordo com um novo relatório divulgado pela empresa. Entre dezembro e maio, os dispositivos executaram mais de 25 mil manobras para evitar aproximações perigosas. Desde o lançamento dos primeiros satélites em 2019, o total de manobras alcançou a marca de 50 mil.

Especialistas, incluindo Hugh Lewis, professor da Universidade de Southampton, destacam que esse aumento nas manobras é exponencial. Ele afirma que o número está dobrando a cada seis meses, o que pode levar a valores extremamente elevados em pouco tempo. Dados compilados por Lewis revelam que, somente no primeiro semestre de 2021, foram feitas 2.219 manobras, que aumentaram para 3.333 em dezembro do mesmo ano.

No relatório mais recente, a empresa informou 25.299 manobras de desvio nos últimos seis meses, resultando em uma média de 6 vezes de movimentação para cada satélite. Esse crescimento progressivo é uma preocupação, uma vez que os números projetados apontam para 50 mil manobras nos próximos seis meses, 100 mil no período seguinte e assim por diante. Se a tendência se mantiver, em 2028 os satélites Starlink podem realizar quase um milhão de manobras em seis meses para evitar colisões orbitais.

Vale ressaltar que a SpaceX desvia seus satélites quando a probabilidade de colisão é superior a 1 em 100 mil, um limite 10 vezes maior do que o adotado pela NASA e outras agências espaciais. Especialistas, como Hugh Lewis, questionam se a empresa será capaz de manter esse limite, considerando a continuidade das aproximações perigosas com outras espaçonaves. Esses eventos de aproximação e risco de colisão não são novos. Já em 2019, a Agência Espacial Europeia precisou realizar uma manobra para evitar uma colisão com um satélite Starlink.

Em 2021, um alerta de possível colisão entre satélites da OneWeb e Starlink foi emitido. A situação requer atenção contínua para evitar consequências mais graves no futuro.

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